Segurança

Riscos de usar programas “crackeados”

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Um malware descoberto pela empresa de segurança Malwarebytes na última semana levantou mais uma vez os perigos que softwares piratas podem trazer ao usuário. A nova ameaça se disfarça de uma suposta versão crackeada do programa Adobe Zii para enganar vítimas e invadir o macOS, sistema considerado seguro à maioria dos programas maliciosos. Seu objetivo é abrir uma passagem secreta para facilitar a ação remota de hackers sobre a máquina.

Esse é só um dos problemas decorrentes da pirataria no computador. Ainda assim, quase a metade (46%) dos softwares usados no Brasil não são licenciados, segundo o levantamento mais recente da Business Software Alliance (BSA), entidade que reúne empresas como Apple, Microsoft e IBM. Veja seis consequências de usar programas com crack no Windows ou no Mac.

1. Programa pirateado pode ser vírus

O maior perigo de instalar programas piratas no computador é o risco de se deparar com algo fraudulento como o falso Adobe Zii, que possui um malware camuflado. Softwares crackeados são, por definição, pacotes com código modificado e, nem sempre, as alterações feitas pelo cracker se limitam a driblar o licenciamento. Segundo especialistas, nada impede que o programa traga outras mudanças internas para monitorar o computador ou abrir uma brecha (backdoor) para facilitar a execução remota de comandos por parte de hackers.

2. Instalação requer desativação de antivírus

Softwares piratas podem trazer perigos mesmo que não sejam versões falsas. Isso porque, em geral, a instalação de apps não-licenciados requerem a desativação temporária do antivírus do computador, algo que pode deixar a máquina vulnerável, nem que seja por um curto período. Nesse intervalo, ameaças à espreita em roteadores infectados, por exemplo, podem aproveitar a guarda baixa para atacar o seu aparelho.

3. Fonte do download pode trazer ameaças

Além do programa em si, é comum que a fonte do download pirata seja motivo de preocupação para o usuário. Como softwares crackeados são distribuídos por blogs ou em repositórios de torrent, dificilmente têm sua integridade verificada antes de serem fornecidos para download. Além disso, essas páginas costumam ter muitos anúncios intrusivos, facilitando a ação de malwares auxiliares, como adwares que invadem o PC para exibir propaganda.

4. Falta de atualizações gera problemas de segurança

Mesmo que não sejam vírus, programas piratas podem deixar o computador exposto a ameaças externas. Como o crack na maioria das vezes requer a interrupção de novas atualizações, o software fica alheio a possíveis correções de bugs liberadas pelo fabricante. Esses updates são essenciais para resolver vulnerabilidades descobertas pela comunidade e impedir sua exploração por hackers. Sem atualizações de segurança, programas piratas se tornam potenciais portas de entrada para criminosos.

5. Funções podem não operar bem

Softwares pirateados podem também trazer problemas de usabilidade que interferem no trabalho do dia a dia. Esses programas costumam usar versões genéricas do instalador que, nem sempre, são compatíveis 100% com seu computador. Além disso, softwares crackeados podem eliminar funções que interferem no sistema que burla a ativação, como a aceleração por hardware. Desse modo, apps piratas podem apresentar falhas de funcionamento, além de não aproveitar todo o poder de processamento do seu PC.

6. Trabalhos podem ser perdidos sem salvar

Outra consequência do uso de programas piratas é a possibilidade de perder trabalhos sem aviso prévio. Apps não licenciados podem ser instáveis, apresentando bugs como fechamento abrupto antes de salvar. Além disso, mesmo após guardar uma cópia da tarefa em andamento, erros no processo de salvamento podem corromper o arquivo e impedir que ele possa ser aberto mais tarde. Problemas do tipo são um pesadelo para edição de imagem com Photoshop pirata ou edição de vídeo com Premiere crackeado, por exemplo.

Via MalwarebytesBitdefender BSA

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